DE FATO: O QUE É A AVIAÇÃO EXPERIMENTAL?
Se você é estudante/profissional ou entusiasta do
setor aeronáutico e possui algumas dúvidas sobre a aviação
experimental:
Seja bem-vindo a
mais um Journal da Brevett Inteligência
Aeronáutica.
De acordo com a
ANAC:
“Toda aeronave nasce experimental. Esse é o caminho natural de qualquer tecnologia, onde o experimentalismo, o pragmatismo e o empirismo se encontram para apurar as novas técnicas e materiais. Sem a aviação de natureza experimental, não haveria o desenvolvimento como conhecemos hoje. As aeronaves certificadas que hoje utilizamos na aviação comercial, com toda a tecnologia embarcada e segurança proporcionada por diversos sistemas em operação, um dia também foram desenvolvidas e testadas como aeronaves experimentais.”
Assim,
são características de uma aeronave experimental:
- Certificada e NÃO homologada;
- Sujeita a poucos testes e não passa por um processo rigoroso de avaliação de projeto;
- Na fase de teste deve expor o mínimo de pessoas possível;
- Voa sobre áreas pouco povoadas (sendo necessário uma autorização especifica); e
- O transporte de pessoas e bens com a finalidade de obter lucros é proibido.
Segundo o RBAC
n° 21 Emenda n° 2 – Certificação de
Produto Aeronáutico (sessão 21.191), os certificados de
autorização de voos experimentais são emitidos para os seguintes
propósitos:
- Pesquisa e desenvolvimento;
- Demonstração de cumprimento com requisitos;
- Treinamento de tripulações;
- Exibição;
- Competição aérea;
- Pesquisa de mercado;
- Operação de aeronave de construção amadora;
- Operação de aeronave categoria primária montada a partir de conjuntos; e
- Operação de aeronave leve esportiva.
Portanto, a
certificação da aviação experimental é baseada no RBAC
N° 21. Além da, sua operação ser regida pelo RBHA
N° 91 e Instruções Suplementares (em exemplo, IS
21.191 -001A – Construção Amadora e IS
21.191- 002A – Aeronaves Históricas).
Itens
obrigatórios na aviação experimental, que em alguns casos passam
despercebidos:
- Registro de manutenção em cadernetas motor,
hélice e célula. Toda manutenção feita em uma aeronave
experimental, assim como em uma homologada, deve conter o registro nas cadernetas,
especifico para cada processo realizado;
- Não é necessário que a
manutenção seja feita em uma oficina homologada. A de aeronaves
experimentais pode ser realizada por um mecânico/engenheiro que possua
as devidas carteiras de manutenção técnica
(CHT);
- Lançamento de horas de voo no diário de bordo.
As aeronaves experimentais voam segundo o RBHA 91, portanto, todo voo efetuado deve
conter registro; e
- Obtenção do RIAM (Relatório de Inspeção Anual de Manutenção). Assim como as aeronaves homologadas possuem a IAM (Inspeção Anual de Manutenção), as experimentais possuem a RIAM, que deve ser assinado por um engenheiro ou um mecânico habilitado.
Há dois
tipos de certificados dentro da aviação
experimental:
CAV
(Certificado de Autorização de Voo): possui validade de um ou dois anos, sendo
necessário a renovação após esse período, semelhante ao
CA (Certificado de Aeronavegabilidade) existente nos aviões homologados, com validade
determinada de 5 anos.
CAVE
(Certificado de Autorização de Voo Experimental): possui validade de um ano,
após esse período sua validade será a mesma do Seguro Reta ou do
RIAM.
Caso queira um exemplo de como realizar um processo de certificação
de aeronaves experimentais, conheça nosso Journal: Construção Amadora.
Se você tem alguma dúvida ou deseja mais informações: entre em
contato com a BREVETT.
Estamos sempre dispostos
a auxiliar nossos companheiros!!
Redigido
por:
Gustavo Carneiro
Iabrudi
Diretor da Brevett Inteligência Aeronáutica
Aline Amélia da Costa
Colaboradora da Brevett
Inteligência Aeronáutica